«No dia em que iam matá-lo, Santiago Nasar levantou-se às 5.30 da manhã para esperar o barco em que chegava o bispo».
Conhecemos a vítima e não temos dúvidas sobre a identidade dos assassinos. Então, por que razão nos mantemos «agarrados» ao livro até ao final? A resposta pode ser dada pela capacidade de Gabriel García Márquez em transformar o pequeno episódio verídico, que está na base do romance, numa narrativa densa e cativante.
A história passa-se numa cidade interior da Colômbia e um jornalista, empenhado em investigar o caso, faz‑nos recuar 27 anos para assistirmos aos acontecimentos daquela fatídica segunda-feira em que todos sabiam que Santiago Nasar ia ser morto.
Na véspera, realizara-se o casamento de Bayardo San Román, um forasteiro de trinta anos, e Angela Vicario, a filha mais nova de uma família de parcos recursos. Porém, na noite de núpcias, o noivo descobre que a noiva já não é virgem e devolve-a aos pais. Pressionada pela família ultrajada, Angela acaba por acusar Santiago Nasar, condenando-o à morte. No dia seguinte, os seus dois irmãos gémeos, Pedro e Pablo, procuram Santiago e matam-no cruelmente, vingando a honra da família.
Estará Angela a contar a verdade ou terá acusado Santiago Nasar para esconder o nome do verdadeiro amante?
Biblioteca da ESCOLA SECUNDÁRIA DE FERREIRA DIAS
CRÓNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA, Gabriel García Márquez, Dom Quixote
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