06/02/2011

FOTOGRAFIA DA SEMANA

Era uma vez um mar, um rio, um lago.
Presumo que esta quantidade de água é mesmo um lago de há muitos anos; Tiberíades, na Galileia.
Apesar de não haver redes de pesca visíveis, coisa usual naquele tempo, alguns adiantados no tempo já usavam instrumentos modernos para retirar os peixinhos do seu ecológico e natural ambiente.
Mesmo esses foram descuidados ou curiosos.
Ouviram a história de um Homem Especial que por ali andava, procurando pescadores de outros elementos.
Então tiveram uma ideia brilhante: deixaram as canas do futuro que, por acaso, estavam deslocadas no passado, e também eles partiram, em busca de outras pescarias.
Nunca se chegou a saber se houve peixe que acedesse ao isco, ou se as canas cristalizaram e ficaram imóveis para nos lembrar que o tempo do passado se pode repetir no futuro.
O que é certo, é que lá continuam, como memória dos afazeres praticados naquelas bandas.
Os seus donos correram mundo, esqueceram-nas e nas pescarias tiveram outras sortes.
As canas são como a Excalibur. Apenas o Rei Artur a conseguiu retirar da rocha. Estas, das águas também não saem, a não ser que Pedro e Simão ou João ou Tomé, quem sabe Tiago, regressem e as resgatem, mais aos peixinhos que a esta hora talvez tenham ido juntar-se ao Nemo e procurem, procurem....
E nós, só recebemos as estórias e a foto de quem lá esteve e registou, ou não esteve e apenas sonhou.

Sonhemos também. Tudo é real e, quando queremos, o milagre acontece!


Foto: Osvaldo Castanheira - Texto: Maria dos Anjos Fernandes

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