13/01/2015

CHARLIE

Patrick Modiano, francês, Prémio Nobel da Literatura, 2014, escreve em ‘Um circo que passa’:
“(…) Caminhei na direcção da Ponte Saint-Michel com o fim de esperar pela saída daquela rapariga após o interrogatório. Mas eu não podia ficar plantado em frente da entrada do edifício da polícia. Decidi refugiar-me no café que fazia esquina para o cais e para o Boulevard du Palais. E se ela tivesse ido pelo caminho oposto até à Pont-Neuf?(…)”

Naqueles dias, todos os caminhos foram dar ao horror e ao massacre. Gratuito. Não houve tempo para o refúgio, nem sequer aquele polícia teve a clemência pedida. Reféns morreram. A rapariga está em fuga, cúmplice do abominável. Foram eliminados os que exigiam a submissão a ideais fanáticos, o silêncio, e espalharam a morte e o horror.
Conscientes da profissão do ensinar e aprender, nas palavras, na cultura das igualdades e das diferenças, não queremos ser silenciados.

Por isso dizemos:

A Profª. Bibliotecária

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