Patrick Modiano, francês,
Prémio Nobel da Literatura, 2014, escreve em ‘Um circo que passa’:
“(…) Caminhei na direcção da Ponte
Saint-Michel com o fim de esperar pela saída daquela rapariga após o
interrogatório. Mas eu não podia ficar plantado em frente da entrada do
edifício da polícia. Decidi refugiar-me no café que fazia esquina para o cais e
para o Boulevard du Palais. E se ela tivesse ido pelo caminho oposto até à
Pont-Neuf?(…)”
Naqueles
dias, todos os caminhos foram dar ao horror e ao massacre. Gratuito. Não houve
tempo para o refúgio, nem sequer aquele polícia teve a clemência pedida. Reféns
morreram. A rapariga está em fuga, cúmplice do abominável. Foram eliminados os
que exigiam a submissão a ideais fanáticos, o silêncio, e espalharam a morte e
o horror.
Conscientes
da profissão do ensinar e aprender, nas palavras, na cultura das igualdades e
das diferenças, não queremos ser silenciados.
Por
isso dizemos:
A Profª. Bibliotecária
Sem comentários:
Enviar um comentário