30/11/2009

18/11/2009

SEMPRE PRESENTE! LUÍS

O LUÍS VAZ!

A convivência e a partilha de vidas e experiências de profissão e amizade são indizíveis.
Por isso, tudo o que se pode dizer do Luís, sobre o Luís, é que ele era nosso colega de há muitos anos, mas era sobretudo um amigo.
Custa-nos falar dele no passado e, perdoem-nos o tempo verbal, mas preferimos falar com ele, sobre ele, PARA ELE, no presente.
Por que foste embora quando ainda havia tanto caminho a percorrer?
Por que foste embora, por outro caminho, para só tu veres o arco-íris, espectro químico da tua pedra filosofal?
Por que foste embora, com tanta discrição e a magia dos silêncios?
Por que não continuas a conversar connosco, a rir, a contar-nos as tuas histórias?
Tanta pergunta e só podemos imaginar as tuas respostas… quem sabe, acompanhadas de uma sadia gargalhada, o bom humor que também te caracterizava.
Sabes Luís?
Nunca penses que partiste, foste apenas a um outro lugar, procurar a magnitude da existência-outra.
Pensaremos sempre em ti assim: PRESENTE, PRESENTE, PRESENTE.
Obrigada por partilhares a tua vida e algumas das tuas vivências com todos nós.
ATÉ SEMPRE AMIGO.

14/11/2009

SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA



23 de Novembro às 11.45 h.

Jogos Matemáticos

Jorge Nuno Silva

Professor da Faculdade de Ciências de Lisboa – Sociedade Portuguesa de Matemática e Presidente da Associação LUDUS



O que são Jogos Matemáticos? Como se relaciona a matemática com esta família de jogos de tabuleiro? Que vantagens estão associadas à sua prática?



24 de Novembro às 10.30h

Raios Cósmicos: uma outra visão do Universo...

Fernando Barão


Professor do Instituto Superior Técnico – Investigador do LIP ( Laboratório de Instrumentação de Física Experimental de Partículas) – Ex – aluno da Escola Secundária Ferreira Dias

A descoberta dos raios cósmicos no início do século XX veio trazer novas dimensões na observação do Universo em que vivemos. Os raios cósmicos continuam ainda hoje a ser uma fonte de muitas interrogações. De onde vêm? Qual a sua história? Nesta palestra resumem-se algumas descobertas históricas realizadas com base na observação dos raios cósmicos e descrevem-se os diferentes métodos utilizados actualmente na sua detecção.



25 de Novembro às 10h.

Obesidade e Diabetes - Aplicação da Experimentação Animal à Biomedicina

Ricardo A. Afonso

Professor do Departamento de Bioquímica da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa. Ex - aluno da Escola Secundária Ferreira Dias

O aumento do número de casos de diabetes, associado à obesidade, e a experimentação animal serão os aspectos a abordar.



25 de Novembro às 15.15 h.

Ciência nos Filmes

Marília Peres e Rosa Pais

Escola Secundária José Saramago - Mafra

O que têm em comum a magia de “Harry Potter”, os enigmas de “Anjos e Demónios”, os poderes de “Batman” ou a “Força” em “Star Wars”? Serão fruto da nossa imaginação ou realidades possíveis num futuro próximo? São estas questões que pretendemos responder nesta palestra, onde serão abordados vários filmes numa perspectiva científica.



26 de Novembro às 11.00h

Aplicações da Física na Medicina

Luís Peralta

Professor na Faculdade de Ciências de Lisboa – Investigador do LIP ( Laboratório de Instrumentação de Física Experimental de Partículas)

A Medicina moderna beneficia dos avanços científicos e tecnológicos conseguidos pelo avanço da Física durante o Século XX. Um caso paradigmático é o da utilização da radiação electromagnética, que tem tido um número de aplicações crescente. Do infravermelho à radiação gama, iremos passar em revista diversas técnicas imagiológicas e terapêuticas que utilizam radiações electromagnéticas.



27 de Novembro às 10.00 h

Membranas biológicas como alvos terapêuticos

Nuno Correia Santos

Instituto de Medicina Molecular – Professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa - Ex – aluno da Escola Secundária Ferreira Dias

As membranas biológicas são estruturas dinâmicas essenciais a vários fenómenos celulares. Relativamente a vírus, abordar-se-á o HIV e o Dengue ( entrada nas células e libertação de novas partículas virais.

10/11/2009

CARL SAGAN


Se fosse vivo, Carl Sagan faria 75 anos a 09 de Novembro de 2009.
Génio da Ciência, da Astronomia e da Exobiologia, este cientista divulgou de forma simples e brilhante, sem ser simplista, saberes importantes ligados aos progressos, benefícios e limites da Ciência.
A sua simplicidade tinha comparação com a grandiosidade do seu saber multidisciplinar.
A sua obra permanece e quem não se lembra da série televisiva “COSMOS”, realizada a partir do livro com o mesmo nome, ou do filme “CONTACTO”, com J. Foster no principal papel e rodado depois da sua morte?
Citamos apenas estes, porque homenagear o Professor Carl Sagan na sua completude, será sempre dizer pouco.
Queremos apenas, simbolicamente, assinalar a data em que nasceu o Homem, para não ser esquecido o CIENTISTA!

Maria dos Anjos Fernandes
PB

Concursos: Língua e Literatura


Língua, Literatura e… Petiscos! Nº 1 de 2009-2010 (Novembro)
(Publicação quinzenal da Biblioteca da Escola Secundária de Ferreira)


CONCURSOS
Público-alvo: professores, alunos, funcionários e encarregados de educação.
(Prémios a anunciar brevemente)
Acordo ortográfico: regras que não mudam ............................................ LÍNGUA 1
Pergunta 1 (responder até 20/11/09):
Qual a alínea em que todas as palavras estão bem escritas?
a) ananás / peru / balancé / noitibó
b) ananaz / peru / balancé / noitibó
c) ananás / peru / balancé / noitibó

Enviar a resposta para professor.ap@gmail.com ou preencher o formulário de participação na biblioteca, indicando o nome e telemóvel e, sendo aluno, o ano, turma e número.


Literatura Portuguesa – um bom pretexto para navegar ................ LITERATURA 1
Pergunta 1 (responder até 20/11/09):
Entre em http://aclc.com.sapo.pt/biografia.htm e responda à pergunta a seguir apresentada.
A obra “Os Lusíadas”, de Luís de Camões, foi publicada em:
1) 1562
2) 1572
3) 1582

Receitas para dois ............................................................................... PETISCOS 1
Peito de frango delicioso
.2 bifes de frango (ou umas sobras de frango assado)
.1 aipo
.200 gr de cogumelos (frescos ou em lata)
.Massa
.3 dentes de alho
.8 colheres de sopa azeite
.Sal, pimenta preta e vinho branco


1. Coza os bifes de frango durante cerca de 10 minutos (depois de terem marinado durante ½ hora com umas pedrinhas de sal e duas colheres de sopa de vinho branco.
2. Num wok (ou numa frigideira grande), ponha a aquecer, durante 30 segundos, o azeite.
3. Junte ao azeite quente um aipo (o tronco) cortado às rodelas finas, os dentes de alhos muito finamente picados, os cogumelos cortados em lamelas e o frango desfiado. Acrescente um pouco de pimenta preta moída no momento e deixe estufar, durante cinco minutos em lume médio-forte, mexendo de vez em quando.
4. Sendo necessário, rectifique o sal. E está pronto!
5. Sirva bem quente com massa (laços, por exemplo) cozida no momento temperada com azeite extravirgem.
Bebida:
Água mineral sem gás ou sumo natural (laranja e cenoura).
Para maiores de 18, um vinho branco da Bairrada, servido fresco. O Frei João (disponível em qualquer grande superfície) poderá uma opção interessante.
BOM APETITE! Não hesite em escrever para professor.ap@gmail para nos dar a sua opinião.
Prof. António Pereira

07/11/2009

Quando boceja um português bocejam logo dois ou três!


Os nossos neurónios são vaidosos e gostam de se ver ao espelho .
Por Tiago Fleming Outeiro, in Ciência Hoje


Porque temos tendência a bocejar quando vemos alguém bocejar? Este tipo de “reflexo” tem uma explicação, e não é assim tão complicada. Sabemos hoje que, no nosso cérebro, alguns neurónios disparam, isto é, funcionam, mesmo quando estamos apenas a observar outras pessoas a realizarem determinada actividade. Trata-se de um sistema chamado “espelho”, em que os neurónios funcionam como se fossem um espelho daquilo que vemos, sendo conhecidos como neurónios espelho.
Este fenómeno acontece também quando vemos um jogo de futebol, quando o nosso jogador favorito parte para a bola e remata para golo. Ou quando o nosso actor ou actriz favoritos se debruçam para beijar o parceiro. Certos neurónios no nosso cérebro disparam como se estivessemos nós próprios em acção!
Sabendo isto, coloca-se uma questão óbvia: como é que o sistema espelho adquire as suas propriedades reflexivas? Será que o seu funcionamento está pré-determinado pela evolução ou será que é o produto da experiência?
Num trabalho recente, publicado na revista European Journal of Neuroscience, este tema foi estudado com o auxilio de uma técnica chamada ressonância magnética funcional (fMRI, em Inglês). Neste estudo os participantes foram treinados para flectirem a mão ou o pé ao verem imagens de mãos ou pés flectidos, respectivamente.
Outro grupo de participantes foi treinado de forma inversa, ou seja, para flectir a mão ao ver uma imagem de um pé flectido, ou flectir o pé ao ver uma imagem de uma mão flectida. Depois do treino, os participantes no estudo foram submetidos a fMRI enquanto observavam as imagens referidas, mantendo-se imóveis.
O resultado da experiência foi muito claro: o sistema espelho pode ser treinado! O estudo mostrou que os neurónios respondem de acordo com o treino a que os participantes foram sujeitos e também que o sistema espelho pode ser revertido em pouco tempo, com novo treino.
Estes estudos têm importantes implicações nos processos de aprendizagem e aquisição de memórias, sugerindo que alterações no funcionamento do sistema espelho pode estar relacionado com várias patologias, como o autismo ou a esquizofrenia.

A partir de agora, o leitor irá certamente ficar mais atento ao funcionamento dos seus neurónios espelho, e irá perceber que muito do que fazemos e sentimos sem pensar tem uma explicação simples: os nossos neurónios são vaidosos e gostam de se ver ao espelho.

04/11/2009

Conto do mês - Novembro 2009

Ponto… ou vírgula?

Era um daqueles dias cinzentos, tristes, prontos a dar o lugar à noite. E era apenas mais um dia na vida dele. Ultimamente eram assim todos os seus dias: iguaizinhos uns aos outros, sem rumo, a esvaírem-se, segundo a segundo, numa ampulheta invisível para os outros, mas cruelmente presente para os seus olhos tristes como os dias cinzentos como aquele.
Sentado no cais, imóvel, nem se apercebia (ou ignorava-as ostensivamente) das partidas e chegadas do barco que fazia a ligação entre as duas ilhas…
Há muito que a sua vida estava num impasse. Na ilha, ninguém sabia nada do seu passado. Sempre fora um homem de poucas falas. Fosse qual fosse o “mal” que o afectava, há longo tempo que não falava com ninguém e só era notado ali no cais, sentado, a olhar o mar. Ou talvez a olhar apenas na direcção do mar sem se dar conta da sua existência, do movimento desordenado das ondas ou de uma ou duas gaivotas mais aventureiras que planavam sobre o rochedo situado a alguns metros do cais.
Depois de entrar no barco, fiquei a vê-lo no cais, sentado, com aquele olhar perdido ou talvez ancorado em horizontes desconhecidos. Progressivamente encolhido pela distância do barco a afastar-se, por fim, não passava de um ponto negro perdido no branco da parede da sala de espera. Mergulhei nos meus pensamentos e esqueci-o.
Contaram-me mais tarde que aquele dia cinzento tivera um desfecho diferente para o homem sentado no cais. Pouco tempo depois de ter deixado de o ver, no barco, a página em branco que era parede da sala de espera ficou completamente em branco. O ponto negro, que era o homem sentado no cais, a olhar não se sabe bem para onde, escorrera tranquilamente e mergulhara nas águas agitadas e bordadas a espuma. Quem assistiu ao estranho acontecimento garante que não se tratou de um acto tresloucado mas apenas de um movimento sereno determinado por uma força invisível. Consta até que o ponto, antes de entrar nas águas do Atlântico, já era uma vírgula e transmitia a quem a via uma inexplicável sensação de alegria.
Quando passeio pelo cais, revivo aquela situação como se lá tivesse estado. Ontem mesmo, ao fim da tarde, num dia como aquele (cinzento, triste e pronto a dar-se à noite), avistei um golfinho que rondava o cais. Saltou para fora da água, olhou-me nos olhos e voltou a mergulhar, perdendo-se no fundo do oceano. E tenho quase a certeza que aqueles eram os olhos do homem que costumava estar sentado no cais, imóvel.
De forma inexplicável, dei por mim a sorrir, a olhar o mar e com uma vontade irresistível de me sentar naquele banco, agora vazio, onde o homem ficava todos os dias, quando o dia estava prestes a deixar de o ser e a noite vinha a caminho…

Prof. António Pereira
(professor.ap@gmail.com)