E a crónica vencedora do mês de março é:
A INAUDITA GUERRA DA AVENIDA GAGO COUTINHO MÁRIO DE CARVALHO
Este livro de Mário de Carvalho conta-nos várias estórias.
Esta crónica, dá o título a tão interessante livro, que convido todos a ler. Mas o que se passa nesta estória? O autor começa por nos dizer que há poetas e deuses que, tal como os humanos, dormitam, mesmo sem querer. Clio, musa da História passou pelas brasas e, por causa disso, no tecido do tempo que costurava, entrelaçou o 4 de Junho de 1148 com o 28 de Setembro de 1984. Grande confusão se gerou! Tudo se passou na avenida lisboeta Gago Coutinho, aquela que vai do Relógio ao Areeiro. Os automobilistas que circulavam só tiveram tempo de travar a fundo e buzinar, tentando desviar-se das carroças e dos burros e cavalos que parecia terem aparecido do nada, vindos da Idade Média e que ali passavam. Mas se fosse só isso! Havia tropa árabe à mistura, vinham cercar Lixbuna!. O chefe, Ali-bem-Yussuf também não percebia nada, apeou-se do cavalo, clamava pela misericórdia de Alá, ajoelhado no chão. Outro chefe das tropas, talvez mais esclarecido bradou: ‘Que ninguém se mexa!’ Mas o que teria acontecido? O inferno teria mudado de lugar? Alá estaria zangado? As feitiçarias cristãs estariam ativas ou era tudo uma loucura e brincadeira que os tornava cegos? Para complicar mais as coisas, o agente da PSP de serviço na Avenida, comunicou para a central o insólito que observava. Da central comunicaram para o governador civil e este para o ministro. Todas as forças de segurança entraram em acção. Cenário hilariante. Na mesma Avenida estavam as tropas de Ibn-el-Muffar, que vinham conquistar Lixbuna, as forças de segurança e toda a proteção civil, mais os automobilistas, teimosos e curiosos que tinham saído dos automóveis para apreciarem a situação. Até pensaram que eram filmagens para um anúncio publicitário ou filme! Os mouros decidiram preparar-se para o combate: formaram-se esquadrões, esperando que, se fosse algum encantamento, havia de passar. Quem queria passar com o seu camião TIR carregado de cervejas era Manuel Lopes e não esteve de modas: apanhou o primeiro calhau que viu e atirou-a que nem uma seta, cabendo da sorte da pedrada ao beduíno Mamud. Começou a guerra. O árabe fez um sinal, os archeiros apontaram os arcos e eis uma chuvada de setas. Os automobilistas apressaram-se a entrar nos automóveis. O Comissário Nunes não gostou da brincadeira (só havia canalha a desafiar a polícia!) e mandou correr tudo à bastonada até ao Areeiro. O mouro irritou-se, deu ordens aos seus homens que ficaram frente a frente com os soldados do comissário Nunes. Estes não estavam preparados para tal e ei-los a correr, refugiando-se em todos os sítios até na cervejaria Munique. Os blindados dos Ralis não chegaram a tempo e, com os camiões TIR, entupiram o trânsito. O capitão Soares largou as viaturas na Av. Dos E.U.A. e ficou atónito ao olhar para a Gago Coutinho! Foi acenando com um pano branco, se bem não fizesse, mal não faria; o mouro pensou o mesmo. De repente, Clio acordou. Desfez a confusão dos fios do tempo, tudo desapareceu e voltou à normalidade, os soldados aos quartéis, os mouros desistiram de Lixbuna, Clio ficou sem beber ‘ambrósia’ 400 anos! Para o que poderia ter sido, o castigo foi levezinho. Os jornais ainda hoje falam na insólita batalha. Querem saber mais? Leiam a estória e o livro….
Celeste Bruno- Assistente Operacional
Esta crónica, dá o título a tão interessante livro, que convido todos a ler. Mas o que se passa nesta estória? O autor começa por nos dizer que há poetas e deuses que, tal como os humanos, dormitam, mesmo sem querer. Clio, musa da História passou pelas brasas e, por causa disso, no tecido do tempo que costurava, entrelaçou o 4 de Junho de 1148 com o 28 de Setembro de 1984. Grande confusão se gerou! Tudo se passou na avenida lisboeta Gago Coutinho, aquela que vai do Relógio ao Areeiro. Os automobilistas que circulavam só tiveram tempo de travar a fundo e buzinar, tentando desviar-se das carroças e dos burros e cavalos que parecia terem aparecido do nada, vindos da Idade Média e que ali passavam. Mas se fosse só isso! Havia tropa árabe à mistura, vinham cercar Lixbuna!. O chefe, Ali-bem-Yussuf também não percebia nada, apeou-se do cavalo, clamava pela misericórdia de Alá, ajoelhado no chão. Outro chefe das tropas, talvez mais esclarecido bradou: ‘Que ninguém se mexa!’ Mas o que teria acontecido? O inferno teria mudado de lugar? Alá estaria zangado? As feitiçarias cristãs estariam ativas ou era tudo uma loucura e brincadeira que os tornava cegos? Para complicar mais as coisas, o agente da PSP de serviço na Avenida, comunicou para a central o insólito que observava. Da central comunicaram para o governador civil e este para o ministro. Todas as forças de segurança entraram em acção. Cenário hilariante. Na mesma Avenida estavam as tropas de Ibn-el-Muffar, que vinham conquistar Lixbuna, as forças de segurança e toda a proteção civil, mais os automobilistas, teimosos e curiosos que tinham saído dos automóveis para apreciarem a situação. Até pensaram que eram filmagens para um anúncio publicitário ou filme! Os mouros decidiram preparar-se para o combate: formaram-se esquadrões, esperando que, se fosse algum encantamento, havia de passar. Quem queria passar com o seu camião TIR carregado de cervejas era Manuel Lopes e não esteve de modas: apanhou o primeiro calhau que viu e atirou-a que nem uma seta, cabendo da sorte da pedrada ao beduíno Mamud. Começou a guerra. O árabe fez um sinal, os archeiros apontaram os arcos e eis uma chuvada de setas. Os automobilistas apressaram-se a entrar nos automóveis. O Comissário Nunes não gostou da brincadeira (só havia canalha a desafiar a polícia!) e mandou correr tudo à bastonada até ao Areeiro. O mouro irritou-se, deu ordens aos seus homens que ficaram frente a frente com os soldados do comissário Nunes. Estes não estavam preparados para tal e ei-los a correr, refugiando-se em todos os sítios até na cervejaria Munique. Os blindados dos Ralis não chegaram a tempo e, com os camiões TIR, entupiram o trânsito. O capitão Soares largou as viaturas na Av. Dos E.U.A. e ficou atónito ao olhar para a Gago Coutinho! Foi acenando com um pano branco, se bem não fizesse, mal não faria; o mouro pensou o mesmo. De repente, Clio acordou. Desfez a confusão dos fios do tempo, tudo desapareceu e voltou à normalidade, os soldados aos quartéis, os mouros desistiram de Lixbuna, Clio ficou sem beber ‘ambrósia’ 400 anos! Para o que poderia ter sido, o castigo foi levezinho. Os jornais ainda hoje falam na insólita batalha. Querem saber mais? Leiam a estória e o livro….
Celeste Bruno- Assistente Operacional
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