Comentário crítico ao
Conto Electrodependência, de Ana C. Nunes, in Lisboa no Ano 2000, pelos Alunos
da Turma L2 do 10º Ano da Escola Secundária com 3º Ciclo de Ferreira Dias
A ação de Electrodependência envolve-nos de tal modo que nos
deixa atordoados, devido às personagens, pois estão de tal forma modeladas, que
revelam uma evolução inesperada ao longo da narrativa e nos conduzem a um fim
totalmente imprevisto.
Electrodependência
começa no momento em que a condessa vai à loja do Senhor José Armindo comprar
Elec, o qual, depois, foge pelas ruas de Lisboa. O suspense da ação adensa-se
na casa dos Condes. Por fim, o desenlace revela José, que exprime toda a sua
raiva e frustração.
A composição das personagens está muito bem conseguida, o
que faz com que a narrativa entusiasme e cative. A caracterização das
personagens, direta e indireta, consegue apelar à nossa imaginação e à
capacidade de idealizar.
A Condessa é, para além de uma personagem tipo, pois
representa a nobreza, uma personagem modelada: é atrativa, dissimulada,
interesseira, calculista, maléfica, intriguista e manipuladora, revelando
complexidade psicológica que evolui ao longo da narrativa.
Electrodependência é muito interessante, porque consegue
prender o leitor desde que inicia a leitura, até à hora em que acaba de o ler.
No final da história de Electrodependência, a autora devia ter deixado o
protagonista sobreviver.
ESFD, 23 de maio de 2013
Secretária do 10º L2
Rute Fonseca