28/01/2014

MÃOS QUE PINTAM…MÃOS QUE ESCREVEM

Os premiados foram:
1º prémio - Rodrigo Pinho
           Serena
O teu olhar enigmático,
Com o teu cabelo volumoso,
Tens olhos deslumbrantes
É esse o teu corpo jeitoso.

Esses teus piercings na cara
Ficam-te a matar,
Mas essas roupas justas
Não paras de deslumbrar.

DE NOVO NO TEU CABELO
AGORA VOU FALAR,
ESTÁ SEMPRE  TÃO  BRILHANTE,
COMO UMA LUZ  NO MAR!!

Esses teus lábios,
Só me apetece beijar,
Mas quando estou ao pé de ti,
Só te quero agarrar.

Agora falo de ti,
Como gostaria de te conhecer,
É pena estares tão longe,

E nunca te puder ver.


2º prémio - André Sonato

Amor
Inspiração do meu sonho,
Não quero acordar,
Quero ficar só contigo,
Não vou poder voar,
Porque para refletir se o meu reflexo é você,
Aprendendo uma só vida compartilha o prazer,
Porque parece que na hora não vou aguentar,
Mas se sempre tiver força
E nunca parei de lutar
Como num filme no final tudo vai dar certo
Quem foi que disse que para estar junto precisa de estar perto
Pensar em mim que eu estou pensando em você
E me diz o que eu quero dizer-te vem para cá para ver que juntos estamos.
E te falar mais uma vez que te amo.


3º prémio - André Pires

Os irmãos da morte
Somos irmãos de sangue.
Somos irmãos de morte.
Nós nas trevas vamos morar.
As mortes vamos caçar.

Para todo o sempre sem parar.
Precisamos de matar.
A nossa vida sem isto não é nada.
Precisamos da morte sanguinária.
Vivemos de sangue e de morte.

Mãos que pintam... mãos que escrevem

MÃOS QUE PINTAM…MÃOS QUE ESCREVEM


     Contrariando inércias, há sempre lugar para a motivação, para a coragem de fazer diferente, para criar laços interpares.
     Partilhamos os trabalhos de escrita criativa a propósito de desenhos, numa turma do ensino profissional, Técnico de Mecatrónica, 10º MA, Mecânica Automóvel.
   Às capacidades artísticas da aluna Ana Rute, responderam os colegas com textos ilustrativos.
     Estes trabalhos estão patentes em exposição na Biblioteca Escolar. Atividade em conjunto com a professora de português, Laura Silva.
     Os alunos fizeram a escolha dos textos merecedores dos 1º, 2º e 3º prémios que, a título simbólico, foram atribuídos.
     Assim, SERENA, de Rodrigo Pinho, tem o 1º prémio; AMOR, de André Donato, 2º prémio e OS IRMÃOS DA MORTE, de André Pires, 3º prémio.
     Parabéns a todos os intervenientes que ajudam a dignificar a Escola, na melhoria constante das aprendizagens.




A PB

Maria dos Anjos Fernandes

11/01/2014

ATREVE-TE A LER




ATREVE-TE A LER!
A Obra que a Biblioteca Escolar sugere que leias nos meses de
JANEIRO E FEVEREIRO
é
O MEU PÉ DE LARANJA LIMA
de
JOSÉ MAURO DE VASCONCELOS

Escreve uma Crónica/Apreciação Crítica sobre a tua leitura da Obra. Entrega na BE. O melhor texto será premiado.

A EQUIPA DA BE (Carlos Cotter, Graça Machaqueiro, Mª dos Anjos Fernandes, Mª Piedade Carvalho)

 


ESTÁS EM PAZ CAMPEÃ

Dia seis de janeiro faleceu Lígia Santos, professora desta Escola, nossa colega, companheira e amiga. 
Lutadora incansável e persistente que contrariou, quanto pôde, o fim do seu tempo e a inevitabilidade do seu mal, com a força dos audazes e a coragem do amor (pelo amor maior da sua vida). 
Até ao fim, numa dignidade exemplar. 
Inevitável e imprevisível, a morte é um anátema para cada um de nós e chega sempre cedo demais. Para quem parte; para quem fica. 
Partiu a Lígia, ficámos nós, na Escola e na vida, no silêncio da verdade abrupta e sem podermos ignorar ou contestar o determinismo que a fez partir. 
Pautados pelo exercício de ensinar, incentivamos o aprender e, também nós, temos de aprender o sofrimento das ausências que só as memórias atenuam. 
Para a Lígia, a persistência da nossa memória, a nossa saudade e gratidão. 
Estás em paz campeã!
 

07/01/2014

VER E ESCREVER

Muito pequenina é a palavra ‘Paz’ que nos dizem para comemorar a partir do início de janeiro.
Maior é o significado que anda nas bocas do mundo, apregoado com mais ou menos ênfase, conforme os pregoeiros ou as audiências. Dentro de nós, primeiros guerreiros de nossos pensamentos é onde se travam os maiores combates. No silêncio, em tanto silêncio de nós, vamos conquistando os cumes da vida. E pensamos. E, tantas vezes, quisemos e queremos mudar o mundo. Hercúlea tarefa. Gigantesco combate.
Tal como este ‘desenhador’, inventamos rodas imaginárias, como amuletos de caminhada.
E precisamos de palavras. Palavras vertidas para algum suporte em que se desenhem, se escrevam. Precisamos de alguém que diga, de alguém que lei, de alguém que ouça, de alguém que veja. Que nos veja. Que nos escute. Que leia. Que interrogue. Que pense. Que pacifique. Precisamos de gruas que nos sustenham. Precisamos de muitos canhões a disparar palavras. Precisamos de amor. Precisamos de desentorpecer. Precisamos de memórias. Precisamos de falar, de contar. Precisamos de lembrar. Precisamos de lápis para escrever e coragem para os disparar com todas as palavras.
Precisamos de paz.
Precisamos de amigos.
Precisamos de flores.


Foto: Prof. Osvaldo Castanheira
Texto: Maria dos Anjos Fernandes