07/01/2014

VER E ESCREVER

Muito pequenina é a palavra ‘Paz’ que nos dizem para comemorar a partir do início de janeiro.
Maior é o significado que anda nas bocas do mundo, apregoado com mais ou menos ênfase, conforme os pregoeiros ou as audiências. Dentro de nós, primeiros guerreiros de nossos pensamentos é onde se travam os maiores combates. No silêncio, em tanto silêncio de nós, vamos conquistando os cumes da vida. E pensamos. E, tantas vezes, quisemos e queremos mudar o mundo. Hercúlea tarefa. Gigantesco combate.
Tal como este ‘desenhador’, inventamos rodas imaginárias, como amuletos de caminhada.
E precisamos de palavras. Palavras vertidas para algum suporte em que se desenhem, se escrevam. Precisamos de alguém que diga, de alguém que lei, de alguém que ouça, de alguém que veja. Que nos veja. Que nos escute. Que leia. Que interrogue. Que pense. Que pacifique. Precisamos de gruas que nos sustenham. Precisamos de muitos canhões a disparar palavras. Precisamos de amor. Precisamos de desentorpecer. Precisamos de memórias. Precisamos de falar, de contar. Precisamos de lembrar. Precisamos de lápis para escrever e coragem para os disparar com todas as palavras.
Precisamos de paz.
Precisamos de amigos.
Precisamos de flores.


Foto: Prof. Osvaldo Castanheira
Texto: Maria dos Anjos Fernandes

Sem comentários: