30/10/2008

LÍNGUA, LITERATURA e PETISCOS…02

29 de Outubro de 2008
Boletim da Biblioteca da Escola Secundária de Ferreira Dias (Cacém)
(publicação quinzenal)

Olá, de novo!
Falemos então dos nossos concursos.

Acordo ortográfico: regras que não mudam

Pergunta 1:
Qual a alínea em que todas as palavras estão bem escritas?
a) familia / vários / Flávia / Sergio
b) familia / vários / Flávia / Sérgio
c) família / vários / Flávia / Sérgio


Enviar a resposta para professor.ap@gmail.com ou entregá-la na biblioteca, indicando sempre o nome e telemóvel e, sendo aluno, o ano, turma e número.

Nota:
O acordo ortográfico da língua portuguesa deverá passar por um período de transição nos próximos seis anos. Com ele, iremos ter uma maior proximidade no português que se escreve nos vários continentes. No entanto, os especialistas e os falantes continuam divididos, havendo movimentos a favor e contra. Ao longo do ano lectivo, apresentaremos o essencial deste acordo.

Palavras que o vento não leva II
Os temas são livres, devendo no entanto os textos ser pessoais (uma frase, um pensamento, comentário sobre a actualidade, reflexões, poemas, fotos interessantes com um pequeno texto), não devendo ultrapassar as 250 palavras.

Público-alvo: alunos, funcionários e encarregados de educação.
Quanto aos prémios, estão a ser estabelecidos contactos para conseguir apoios.

Professor António Pereira.

Língua Portuguesa II
No número anterior, falámos da posição da nossa língua no mundo e dos primeiros documentos escritos em português. Hoje, recuaremos um pouco no tempo e iremos até às origens…

ORIGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA
A língua portuguesa está intimamente relacionada com os acontecimentos históricos que se sucederam na Península Ibérica.
Pouco se sabe acerca dos povos que teriam habitado o solo peninsular antes da chegada dos romanos (séc. III a. C.). De entre esses, faz-se referência aos Iberos, aos Celtas, aos Fenícios, aos Gregos e aos Cartagineses.
A Península Hispânica fora habitada, em tempos muito remotos, pelos Iberos, povo agrícola e pacífico. Por volta do século VI antes de Cristo, este território fora invadido pelos Celtas, um povo turbulento e guerreiro. E a prolongada permanência provocou o cruzamento entre estes dois povos, dando origem à denominação de Celtiberos.
Depois, os Fenícios, os Gregos e os Cartagineses estabeleceram colónias comerciais em vários pontos da Península.
Como estes últimos pretendiam apoderar-se de todo o solo peninsular, os Celtiberos pediram socorro aos Romanos.
http://esjmlima.prof2000.pt/hist_evol_lingua/R_GRU-C.HTM (acedido em 26-10-2008)
Irão os Romanos responder ao pedido de socorro dos Celtiberos? Saiba no próximo número!

Literatura Portuguesa II

Voltando às origens da literatura portuguesa, falaremos hoje das cantigas de amigo, de amor e de escárnio e de maldizer.
A cantiga de amigo distingue-se da cantiga de amor, fundamentalmente, pelo sujeito. Na cantiga de amigo temos a rapariga que fala do seu amigo a elementos da natureza, à mãe ou às amigas; na de amor é o trovador que exprime o seu amor e sofrimento pela «senhor» (aquela por quem está perdido de amores), geralmente uma mulher casada, de elevado estatuto social, que não lhe corresponde. As cantigas de escárnio e maldizer são textos satíricos dirigidos a uma pessoa, sobre um tema social, um acontecimento político ou um caso anedótico.
Quanto à questão das origens, no caso das cantigas de amor é declarada, pelos próprios trovadores, a influência provençal. Alguns aspectos das cantigas de escárnio e maldizer mostram também esta influência. Já no caso das cantigas de amigo a questão é mais polémica, supondo-se que terão subjacentes composições especificamente peninsulares, anteriores à influência provençal, o que é apoiado pela descoberta de textos moçárabes que têm algumas semelhanças de tema e forma com os refrões e os versos iniciais das cantigas de amigo.
http://www.astormentas.com/din/classificacao_popup.asp?epoca=1 (acedido em 25-10-2008)

Petiscos II
Bochechas de porco à alentejana (com um toque algarvio…)
Ingredientes para 4 pessoas:
4 bochechas de porco (pode ser necessário encomendá-las no seu talho) marinadas de um dia para o outro numa mistura de vinho branco, um cálice de porto, massa de alho, massa de pimentão, salsa picada e pimenta preta moída no momento.
3 batatas doces grandes descascadas e cortadas em rodelas grossas.
500 g de castanhas assadas ou cozidas.
8 colheres de sopa de azeite.

Sugestão para as castanhas: dê-lhes um corte e coloque-as num pirex com um dedo de água no fundo e um pouco de sal. Leva ao microondas durante 3 minutos e a seguir mais 3 minutos. Terá de as descascar enquanto estiverem quentes.
Preparação:
1. Coloque as bochechas num tabuleiro com o molho da marinada, regue com o azeite e leve ao forno previamente aquecido (médio/quente).
2. Vire as bochechas quando começaram a tostar.
3. Ao fim de 50 a 55 minutos, junte as batatas doces e as castanhas.
4. Vá vigiando e, assim que as batatas doces estiverem cozidas (pode deixar que tostem ligeiramente), desligue o forno, mantendo o tabuleiro no seu interior durante 10 minutos.
5. Está pronto a servir.
6. Para acompanhar, opte por uma água mineral. Para maiores de 18, aqui vai a minha sugestão: um vinho tinto velho das regiões da Bairrada, Douro ou Dão (o Dão Reserva 2004 – Pingo Doce tem uma óptima relação qualidade/preço) consumido com moderação.
7. Deixamos hoje também uma sugestão de sobremesa:
uma rodela de abacaxi com uns bagos de romã acabada de abrir. Não é preciso mais para ter um festival de cores e sabores…
8. Quando experimentarem a receita, queremos saber como foi. Escrevam para professor.ap@gmail.com, enviando opiniões e sugestões.
Bom apetite!

27/10/2008

Palavras salteadas… à minha moda! (1)


A
de…
Amizade

Esta é seguramente uma das palavras mais utilizadas em todas as conversas, em todas as línguas, em todos os lugares do mundo.
Como defini-la? Os caminhos que poderia trilhar para o fazer são tantos que a escolha se revela problemática. Vamos então por partes:
Comecemos pela célebre frase de Brigitte Bardot: “Quanto mais conheço os homens mais gosto dos animais!”. Compensar as desventuras, as decepções e as experiências mal sucedidas no seio da sua espécie com um retiro zoológico é, no mínimo, estranho… E Deus nos livre dos amigos da onça
Será a amizade uma estratégica união de forças, tendo em vista o mesmo fim? Há quem diga que sim, mas não será sempre assim se tivermos em consideração a frase de Richard Stengel: “Ter um inimigo comum não é bom fundamento para uma amizade verdadeira.” Mas, tornando as coisas menos claras, Frankfort Moore diz que "Nada aproxima tanto dois amigos um do outro quanto o facto de terem um inimigo comum." Ou seja, um inimigo não dá para construir uma amizade… mas serve para a reforçar.
E, para complicar as coisas, parece que a amizade de um homem é diferente da de uma mulher… “A amizade do homem é frequentemente um apoio; a da mulher é sempre um consolo.” (Johann Paul Richter)
E se distinguir amizade de amor pode ser mais um verdadeiro bico de obra, Luiza de Paula Castro esclarece-nos:
O amor pergunta à amizade: “Para que serves tu?”
A amizade responde: “Sirvo para limpar as lágrimas que tu deixas cair!”
Já para o cantor Caetano Veloso, a amizade é prosaica: "A poesia está para a prosa assim como o amor está para a amizade."
E que dizer da relação entre a amizade e a economia? E tem tudo a ver… pela negativa! Para além da conhecida frase “Amigos, amigos… negócios à parte!”, temos "O melhor meio de conservar amigos é nada lhes dever e nunca lhes emprestar dinheiro." (Paulo Koch)
Já a matemática e a amizade andam de mão dada. Pelo menos é o que pensa Bacon: “A amizade duplica as alegrias e divide as tristezas.”
Leitor amigo, em nome da nossa amizade (que aqui começa), partilho consigo a minha máxima preferida:
"Raros são os homens dotados de bastante carácter para se regozijarem com os sucessos de um amigo sem uma sombra de inveja." (Ésquilo)

Aqui nos encontraremos na próxima segunda-feira. Uma boa semana!
Prof. António Pereira (professor.ap@gmail.com)

21/10/2008

MÊS DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES

«Outubro, mês das BIBLIOTECAS ESCOLARES»

* A nossa BIB não ficou indiferente a tantos acontecimentos no domínio do saber-ler; do ler-saber-acontecer.
* Assim, no domínio dos acontecimentos, referimos as notícias sobre os Nobel.
* "Convite à Leitura" da ‘Crónica dos Bons Malandros’ de Mário Zambujal, a partir de sugestivas questões enunciadas no final da notícia… (os curiosos, e não só, não ficarão indiferentes, mas a ‘pulguinha poderá sair de trás da orelha’).
* Exposição sobre a Implantação da República.
* Comemoração do aniversário do nascimento do patrono, Engenheiro Ferreira Dias.
* Comemoração do Dia Internacional das Bibliotecas Escolares, com a distribuição de marcadores de livros e o convite a toda a Comunidade Escolar para visitar a Biblioteca.
* Edição da primeira crónica “Língua, Literatura e Petiscos” e para estimular os neurónios, iremos ter dois concursos:
"Acordo ortográfico: regras que não mudam" (testará conhecimentos básicos);
"Palavras que o vento não leva II" (estimulará os vossos dotes de escrita).

* Já agora: sabe quais são os títulos publicados em português, do mais recente Nobel da literatura, o francês Jean M. G. Le Clézio? Quer ler? Então, fique a saber quais são as obras e editoras e leia, leia, … encontre os tesouros da magia das letras, saia do deserto da ‘não-leitura’: “Caçador de Tesouros”da Assírio e Alvim; “Deserto” e “Estrela Errante” da Dom Quixote; “Índio Branco” da Fenda e “Diego e Frida” da Relógio d’Água.

16/10/2008

Língua, Literatura e Petiscos… 01

15 de Outubro de 2008


Boletim da Biblioteca da Escola Secundária de Ferreira Dias (Cacém)


A escolha deste título para o boletim quinzenal, que irá acompanhar-vos até Junho, deve-se ao facto de a língua que falamos, os escritores e poetas que lemos e a comidinha que tanto apreciamos (se referir um bacalhau com batatas a murro ou umas amêijoas à Bulhão Pato, todos saberão que delícias estou a evocar…) serem um verdadeiro traço de união que nos aproxima e faz de nós aquilo que somos como povo.
Será com prazer que vos apresentarei, de forma simples mas rigorosa, os traços definidores da língua e da literatura portuguesas e receitas mais ou menos apetiscadas, com um toque pessoal, insólito por vezes, bem testadas como convém. O que lhes vai faltar na tradição e no rigor culinário sobrar-lhes-á, espero, no poder de vos pôr com água na boca…
Para estimular os neurónios, iremos ter dois concursos:
à Acordo ortográfico: regras que não mudam (testará conhecimentos básicos)
à Palavras que o vento não leva II (estimulará os vossos dotes de escrita)
Estas actividades destinam-se a alunos, funcionários e encarregados de educação. Quanto aos prémios, a Coordenadora da Biblioteca, professora Cristina Pinho, está a tratar do assunto. Logo que haja novidades, aqui as traremos. Um bom ano lectivo para todos!
Professor António Pereira.

Língua Portuguesa I
Em termos simples, podemos dizer que o PORTUGUÊS é a língua que os portugueses, os brasileiros, muitos africanos e alguns asiáticos aprendem no berço, reconhecem como património nacional e utilizam como instrumento de comunicação, quer dentro da sua comunidade quer no relacionamento com as outras comunidades lusofalantes. Esta língua não dispõe de um território contínuo (mas de vastos territórios separados, em vários continentes) e não é privativa de uma comunidade (mas é sentida como sua, por igual, em comunidades distanciadas). Por isso, apresenta grande diversidade interna, consoante as regiões e os grupos que a usam. Mas, também por isso, é uma das principais línguas internacionais do mundo.
http://www.instituto-camoes.pt/cvc/hlp/brevesum/index.html (acedido em 2.10.08)
O mais antigo documento oficial, datado, escrito em português, que chegou até nós (o Testamento de Afonso II, de 1214) prova, devido às suas convenções gráficas mais ou menos estáveis, que no ambiente da corte já se escrevia em português há algum tempo. (…) E a Notícia de Torto, um documento privado sem data, mas situável à volta de 1214, atesta como a língua portuguesa era já usada, pontualmente, para registar apontamentos informais e efémeros; esta prática foi recentemente comprovada por uma Notícia de Fiadores de 1175. Mas é a partir de 1255 que começa a produção regular de documentos escritos em português, primeiro na chancelaria régia, depois por toda a parte.
http://www.instituto-camoes.pt/cvc/hlp/brevesum/porque.html (acedido em 2.10.08)
Das cerca de sete mil línguas conhecidas do mundo e das duzentas e vinte e cinco da Europa, o português é a sexta língua materna a nível mundial e a terceira língua europeia mais falada no mundo, com 176 000 000 de falantes. As únicas línguas mais faladas do que o português são: o chinês (mandarim), o espanhol, o inglês, o bengali e o hindi.
Para Luís Aguilar (professor universitário na Universidade de Montreal), o português é a quarta língua mais usada na Internet e a segunda na “blogosfera”.

Literatura Portuguesa I
As origens da literatura portuguesa quase coincidem com o nascimento de Portugal como país, na sequência da conferência de paz em Zamora (entre Afonso Henriques e o rei Afonso VII de Leão e Castela, a 5 de Outubro de 1143).
As primeiras manifestações da literatura portuguesa são em verso, datam do séc. XII e estão reunidas em três colectâneas: o Cancioneiro da Ajuda (séc. XIII), o Cancioneiro da Vaticana e o Cancioneiro da Biblioteca Nacional (sendo estes cópias de textos mais tardios).
Os primeiros poetas são João Soares de Paiva e Paio Soares de Taveirós, sendo da autoria deste último a célebre «Cantiga da Garvaia» (Cancioneiro da Ajuda). Ver fac-simile reproduzido mesmo na coluna aqui ao lado.Remetendo, nas suas origens, para a tradição oral, esta produção lírica é difundida por trovadores (poetas) e segréis (instrumentistas) e jograis (cantores ou músicos). Pensa-se que o lirismo medieval sofre a inspiração latina mas que se fortalece em poesia popular, estabelecendo as «harjas» moçárabes uma ligação à poesia românica, muito especialmente às cantigas de amigo.
http://www.institutocamoes.pt/cvc/literatura/origenslit.htm


Nota: Para Ivo de Castro, (linguista), o mais antigo texto literário português é a cantiga trovadoresca de escárnio “Ora faz ost’o senhor de Navarra”, escrita por João Soares de Paiva em 1196.

Petiscos I
Salada de camarão à grega (ou mais ou menos…)

Ingredientes para 4 pessoas:
300 a 400 g de camarão descascado
4 colheres de sopa cheias de azeitonas pretas descaroçadas (ou às rodelas)
1 iogurte natural
3 alhos picados (ou 2 colheres de café de massa de alho)
1 tomate picado (fresco ou de lata) ou 3 colheres de sopa de calda de tomate
5 colheres de sopa de azeite
pimenta preta, sumo de ½ limão, 1 colher de sopa de hortelã picada
250 a 300 g da sua massa preferida cozida em água e sal no momento (+- 12 minutos)

Preparação (cerca de 30 minutos):
1. Deixe aquecer o azeite em lume médio/forte e junte os camarões e o alho (5 minutos).
2. Junte o tomate e deixe estufar, mexendo de vez quando, durante mais 5 minutos.
3. Desligue o lume e reserve os camarões. Ao molho que ficou na frigideira, junte o iogurte e mexa bem.
4. Numa saladeira (sendo de vidro, conseguirá uma verdadeira paleta de cores…), coloque a massa cozida, o molho de iogurte, as azeitonas e os camarões.
5. Finalmente, junte a pimenta preta moída no momento, a hortelã, o sumo de limão e mexa tudo cuidadosamente. Se é viciado(a) no ouro da terra, junte mais um fio de azeite.
6. Está pronto a ser servido. E como o povo adora camarão, vai ser uma festa!
7. Para acompanhar, opte por um sumo de laranja natural feito no momento, para que se não percam as vitaminas. Para maiores de 18, aqui vai a minha sugestão: um vinho branco fresco da Península de Setúbal (Serras de Azeitão tem uma excelente relação qualidade/preço) consumido com moderação.
8. Quando experimentarem a receita, queremos saber como foi. Escrevam para professor.ap@gmail.com, enviando opiniões e sugestões.
Bom apetite!

Nota: o azeite extravirgem é óptimo para temperar, mas não para cozinhar, pois pode ganhar um travo amargo.


15/10/2008

CONVITE À LEITURA


Obra escrita e publicada há quase trinta anos (1980), Crónica dos Bons Malandros continua a divertir os leitores, como o comprova esta trigésima edição da Quetzal, em 2007.

Conta a história de uma quadrilha de «bons malandros»: Renato, o Pacífico, Marlene, Flávio, o Doutor, Arnaldo Figurante, Pedro Justiceiro, Adelaide Magrinha e Silvino Bitoque.

Ao longo dos capítulos, vamos conhecendo o passado de cada uma das personagens e percebendo o que os levou a tornarem-se marginais.

Depois assistimos à construção do plano do assalto que, acreditam, os irá tornar ricos. Trata-se de assaltar o Museu Gulbenkian, na Avenida de Berna, em Lisboa, e roubar vinte e duas peças escolhidas da Colecção Lalique.

Assaltar à mão armada não é o seu estilo, por isso inventam «um plano completamente novo», que inclui uma cadeira de rodas e uma caixa rectangular, de alumínio, com a tampa salpicada de finos orifícios.

O que estará dentro da caixa? Como decorrerá o assalto? Conseguirão «os bons malandros» o que planearam?

CRÓNICA DOS BONS MALANDROS, MÁRIO ZAMBUJAL, QUETZAL

Biblioteca da ESCOLA SECUNDÁRIA DE FERREIRA DIAS

10/10/2008

PRÉMIO NOBEL DA MEDICINA

A Europa arrecada o Prémio Nobel da Medicina
Um cientista alemão e dois franceses conquistaram o Prémio Nobel de Medicina pela descoberta de dois vírus que causam graves doenças nos seres humanos. No valor de 10 milhões de coroas suecas o galardão foi atribuido ao alemão Harald zur Hausen, pelo seu trabalho sobre a causa do câncro cervical e para os franceses Françoise Barre-Sinoussi e Luc Montagnier, pela descoberta do vírus da Sida.
A medicina é tradicionalmente a primeira área a ser agraciada com o Prémio Nobel todos os anos. A primeira edição do Nobel, que destaca áreas de ciência, literatura e paz, aconteceu em 1901 atendendo a vontade do inventor e empresário Alfred Nobel.
Fonte : euronews http://www.euronews.net/pt/article/06/10/2008/nobel-honours-for-discovery-of-deadly-viruses/

PRÉMIO NOBEL DA PAZ


O prémio Nobel da Paz 2008 foi hoje atribuído ao antigo presidente finlandês Martti Ahtisaari pelas várias missões de mediação em todo o mundo.
Ahtisaari, 71 anos, foi recompensado "pelos seus importantes esforços, em vários continentes e durante mais de três décadas, na resolução dos conflitos internacionais", declarou em Oslo o presidente do Comité Nobel norueguês, Ole Danbolt Mjoes.
O antigo Presidente da Finlândia desenvolveu missões de mediação de conflitos na Namíbia, Aceh, Kosovo e Iraque.
"Desenvolveu também contribuições construtivas para a resolução dos conflitos na Irlanda do Norte, Ásia Central e no Corno de África", de acordo com a declaração do Comité Nobel.

PÉMIO NOBEL DA FÍSICA

Nobel para pioneiros da Física subatómica

O Prémio Nobel da Física foi atribuído Yoichiro Nambu, de origem japonesa mas com cidadania americana, e aos japoneses Makoto Kobayashi e Toshihide Maskawa.Yoichiro Nambu foi distinguido com o prémio pela descoberta do mecanismo da rotura espontânea da simetria na área da Física subatómica.Makoto Kobayashi e Toshihide Maskawa foram distinguidos "pela descoberta da origem da rotura da simetria, que prediz a existência de pelo menos três famílias de 'quarks' na Natureza".Durante a formação do Universo, a matéria existia sob a forma de uma espécie de "sopa" densa e quente chamada de "plasma quarks-glúons". Ao arrefecer, as partículas chamadas de "quarks" agregaram-se em protões e neutrões e outras partículas compostas.

Fonte : Público.pt http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1345164

PRÉMIO NOBEL DA QUÍMICA


O prémio Nobel da química deste ano é partilhado por três cientistas.
Osamu Shimomura, Martin Chalfie e Roger Tsien, um japonês e dois norte-americanos, foram distinguidos pela decoberta da GFP, a proteína fluorescente verde.
Um instrumento chave nas áreas da medicina e da biologia que tornou visíveis uma série de processos anteriormente impossíveis de captar.
Os três galardoados pela Academia Real de Estocolmo foram os primeiros a descobrir a proteína que permitiu a obeservação de fenómenos como o desenvolvimento das células produtoras de insulina em embriões ou a deterioração das células em pacientes de Alzheimer.
Fonte : euronews - http://www.euronews.net/pt/article/08/10/2008/2008-nobel-prize-for-chemistry-announced/

PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA


A Academia Sueca distinguiu ontem o escritor francês Jean-Marie Le Clézio com o Prémio Nobel da Literatura, autor de mais de 40 livros repartidos pelo romance, o ensaio e a escrita para crianças. O prémio será entregue, em Estocolmo, no próximo dia 25
O Nobel da Literatura foi este ano para o francês Jean-Marie Gustave Le Clézio, de 68 anos, com mais de 40 livros publicados. A Academia Sueca fez questão de distinguir um autor de "ruptura" que se dedicou a temas como a viagem e o exílio, tendo realçado a importância, na sua obra, da conjugação entre a "aventura poética", o "êxtase sensual" e a "nostalgia dos mundos primitivos". (...)
Autor no campo da literatura infantil e grande ensaísta, foi professor universitário, veemente defensor da ecologia, tendo cumprido o serviço militar na Tailândia, de onde foi expulso por denunciar a prostituição infantil. Casado, pai de duas filhas, vive em Albuquerque, no Novo México, mas desloca-se frequentemente às ilhas Maurícias e a Nice.Em declarações à rádio sueca, Le Clézio disse que receber o Nobel é uma "grande honra" e anunciou que estará em Estocolmo a 25 deste mês. Impossível considerá-lo como um romancista tradicional, já que pode ser considerado um nómada do fragmento, alheio a uma construção romanesca clássica.(...)A importância do cinema na sua obra evidencia-se em Ballaciner (2007), ensaio recente. Crítico perante o "Ocidente materialista", Le Clézio defende que "o romancista não é um filósofo, nem um técnico de linguagem, mas alguém que escreve e coloca questões." Agora queria escrever sobre Senghor.

Fonte : Diário de Notícias http://dn.sapo.pt/2008/10/10/centrais/nobel_literatura_distingue_eterno_vi.html