10/10/2008

PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA


A Academia Sueca distinguiu ontem o escritor francês Jean-Marie Le Clézio com o Prémio Nobel da Literatura, autor de mais de 40 livros repartidos pelo romance, o ensaio e a escrita para crianças. O prémio será entregue, em Estocolmo, no próximo dia 25
O Nobel da Literatura foi este ano para o francês Jean-Marie Gustave Le Clézio, de 68 anos, com mais de 40 livros publicados. A Academia Sueca fez questão de distinguir um autor de "ruptura" que se dedicou a temas como a viagem e o exílio, tendo realçado a importância, na sua obra, da conjugação entre a "aventura poética", o "êxtase sensual" e a "nostalgia dos mundos primitivos". (...)
Autor no campo da literatura infantil e grande ensaísta, foi professor universitário, veemente defensor da ecologia, tendo cumprido o serviço militar na Tailândia, de onde foi expulso por denunciar a prostituição infantil. Casado, pai de duas filhas, vive em Albuquerque, no Novo México, mas desloca-se frequentemente às ilhas Maurícias e a Nice.Em declarações à rádio sueca, Le Clézio disse que receber o Nobel é uma "grande honra" e anunciou que estará em Estocolmo a 25 deste mês. Impossível considerá-lo como um romancista tradicional, já que pode ser considerado um nómada do fragmento, alheio a uma construção romanesca clássica.(...)A importância do cinema na sua obra evidencia-se em Ballaciner (2007), ensaio recente. Crítico perante o "Ocidente materialista", Le Clézio defende que "o romancista não é um filósofo, nem um técnico de linguagem, mas alguém que escreve e coloca questões." Agora queria escrever sobre Senghor.

Fonte : Diário de Notícias http://dn.sapo.pt/2008/10/10/centrais/nobel_literatura_distingue_eterno_vi.html

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