Imaginemos um Amor metálico, frio e retorcido, em que as barras se abraçam, entrelaçam e cruzam, reproduzindo-se sem fim....
Depois perguntemos:
Que estão a fazer aqueles dois humanóides, num universo paralelo, perturbando o Amor dos metais que se Amam?
Até neste Mundo Futuro e que existe agora, imaginado nas mentes de uns humanos, não haverá direito à intimidade daqueles que se amam na sua materialidade?
Até neste Mundo tão tecnologicamente planificado e construído, haverá mentes pensantes, que atrapalham o silêncio e a cumplicidade do vazio?
Fica uma sugestão: deixem os metais das bicicletas e levem-se para casa, de consciência pesada.
Atrapalharam: não sentiram, não ouviram todas as reivindicações?
Vão caminhar pela praia, molhar os pés na lama, esmagar as folhas do Outono que aí vem, coloridas, e encham a alma de sol, nem que seja amarelinho.
Já agora, conversem, comuniquem, ouçam, porque são humanos, não façam como os metais, que apenas estão lá!
Foto: Osvaldo Castanheira - Texto: Maria dos Anjos Fernandes
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