Sempre nos ensinaram que os Anjos não têm sexo e
as discussões infindáveis e anacrónicas acabam por levar o rótulo de ‘discutir
o sexo dos Anjos’, como conflito interminável quais ‘obras de Sta Engrácia’.
Mas os nomes que Lhes deram não nos podem deixar dúvidas de seres masculinos
serem. Nomes para seres incorpóreos e etéreos que nos vigiam e guardam. Até nos
dizem que cada um de nós tem Um particular e único.
Maria teve o Seu, Anjo Gabriel, mensageiro de
Vida, arauto da mais alta missão, a da Maternidade para o Filho de Deus.
Mundividência cultural católica que preservamos
para que a proteção no masculino (a mais forte?) não nos abandone. É bem mais
confortável pensar que os Anjos que aprendemos como imateriais Seres de Luz, são
heróis corajosos que nos protegem do Mal cuja paternidade está a cargo de outro
Anjo – Lucifer – , Mal nascido da mais
nefasta, perigosa e definitiva desobediência. Dan Brown também nos avisa, há
Anjos/Anjos e há Anjos/Demónios…
Ocidentais e velhas referências que não são agora
objeto de contraditório.
Por isso, é na suposição de uma saudável
androginia que olhamos esta Menina–Anjo, outsider
de todos os pressupostos. E ela, Anjo–Menina, todas as funções e missões já
desempenhou. Anunciou, protegeu, guardou. Agora, apenas descansa num qualquer
cantinho do Universo, que pode ser a casa, morada de nós próprios.
Obrigada Menina – Anjo.
Obrigada por tua guarda.
Foto: Osvaldo Castanheira
Texto: Maria dos Anjos Fernandes
Postado por Carlos Cotter
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