Ao primeiro olhar
lembramos Milos Forman a pensar no seu “Amadeus”. Pensamos nós se foi ‘aquele’
menino a escrever a partitura que estes tocam.
Depois, como a beleza
não cansa os olhos, continuamos a olhar e a sentir. Ouvimos os sons deste mar a
refletir o céu, ouvimos o silêncio da criação maravilhosa de um reino
imaginário, ouvimos o voar mansinho das nuvens e ouvimo-los a eles.
Sentimo-nos a ser
levados pela música desta orquestra fantástica que os meninos tocam.
Ali chegaram e ficaram
no deslumbrante equilíbrio entre magia e realidade, como num sonho.
Não desviamos o olhar,
os sentidos continuam lá.
São os sentidos que
despertam para o pensar.
É o pensar que nos
leva a outro reino refletido nas águas, reino da Fada Morgana, de Viviane, das
protetoras de Guinevere, seus ‘Artures’ ou ‘Lancelotes’, em
Avalon de mágicos nevoeiros.
Estes sons, por belas
metáforas serem, propagam-se no vazio e, do reino das fadas, partem para
chegarem a paragens longínquas.
E uma multidão chega.
De nós e de outros.
É uma multidão que
está.
É uma multidão que vê.
É uma multidão que
ouve dentro de si o que o belo despertou.
Então, de repente,
ouvindo e olhando, deparamos com Brad Pitt, regressado de sete anos no Tibete,
na companhia de um menino.
Partiram do possível.
Deixaram as aprendizagens do caos. Conservaram as da Amizade e do Amor.
Sorriem e estão
felizes. Como diria Dalai Lama: Depara-se-nos o Nirvana!
Foto: Osvaldo Castanheira
Texto: Maria dos Anjos Fernandes
Postado por Carlos Cotter
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