30/11/2012

ESCRITORES DO MÊS


VITORINO NEMÉSIO
Vitorino Nemésio Mendes Pinheiro da Silva 
Nasce na Praia da Vitória, Ilha Terceira, Açores, 19 de Dezembro de 1901- Morre em Lisboa20 de Fevereiro de 1978.
Foi um poeta, escritor e intelectual de origem açoriana que se destacou como romancista, e professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Ensaísta reputado, o seu prestígio na nossa história literária advém lhe sobretudo do romance açoriano Mau Tempo no Canal, 1944história de amor e de sinuosidades familiares e sociais, e dos vários livros de poesia que o consagram como um dos grandes líricos do nosso século (O Verbo e a Morte, 1959,Sapateia Açoriana, Andamento Holandês e Outros Poemas, 1976), que equaciona o sentido da existência humana perante  os diversos conflitos que a centram: o sagrado e o profano, o saber e a ingenuidade, a cultura e a natureza, o amor excessivo e os desapegos da banalidade quotidiana.


Emily Elizabeth Dickinson 
Nasceu em  Amherst10 de dezembro de 1830. Faleceu em 15 de maio de 1886. Foi uma poetisa americana, considerada moderna em vários aspetos da sua obra. Em torno de Emily, construiu-se o mito acerca de sua personalidade solitária. Tanto que a denominavam de a “Grande Reclusa”.
Foi somente em torno do ano de 1858 que Emily deu início a confeção dos «fascicles» (livros manuscritos com suas composições) produzidos e encadernados à mão.
É intensa a sua produção de 1860 até 1870, quando compôs centenas de poemas por ano. Em 1862, envia quatro poemas ao crítico Thomas Higginson que, não compreendendo inteiramente sua poesia, a desaconselha de publicá-los.

Morri pela Beleza
Morri pela Beleza - mas mal me tinha 
Acomodado à Campa 
Quando Alguém que morreu pela Verdade, 
Da Casa do lado - 

Perguntou baixinho "Por que morreste?" 
"Pela Beleza", respondi - 
"E eu - pela Verdade - Ambas são iguais - 
E nós também, somos Irmãos", disse Ele - 

E assim, como parentes próximos, uma Noite - 
Falámos de uma Casa para outra - 
Até que o Musgo nos chegou aos lábios -       
 E cobriu - os nossos nomes                            
 Emily Dickinson, in "Poemas e Cartas"                                         
    Tradução de Nuno Júdice



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