O
Homem Que Matou Sherlock Holmes
Autor:
Graham Moore
Editora:
Suma de letras
1ª edição:
julho 2016
Páginas: 448
Género:
Romance policial
Preço:
19,50€
Foi o primeiro romance
de Graham Moore, escritor de sucesso e realizador,cujo guião de O Jogo da
Imitação, para além de ter vencido um Óscar para melhor guião adaptado, foi
nomeado para um BAFTA e um Globo de Ouro. Moore cruza uma investigação em Nova
York, em 2010, com um ambiente lindamente descrito na era vitoriana, em Londres.
É um thriller
inteligente, emocionante e revelador dos notáveis contos de Sir Arthur Conan
Doyle que têm Sherlock Holmes como figura central. Revela-se um ótimo exemplo
da literatura policial que volta em força para mais um dos muitos misteriosos
casos de Sherlock Holmes, que se revela como um ‘’adereço’’.
Traduzido em 15
línguas, e objeto de enormes elogios por parte do público e crítica, O Homem
Que Matou Sherlock Holmes tem tudo para ser lido com um enorme entusiasmo para
entender e descobrir como é que o autor interliga as duas linhas temporais tão
distanciadas mas unidas no intervalo de tempo em que Arthur Conan Doyle
‘’mata’’ Sherlock Holmes nas cataratas suíças em O Problema Final, e o seu
regresso impressionante que deixa Arthur ansioso.
É nos Alpes que se
inicia a narrativa, com o homem que mata o querido Holmes; o resto é uma
incógnita, transformada em duas, pois estes dois mistérios decorrem em
paralelo, aproximando-se e desenvolvendo-se à medida que a história evolui, e
em que reaparece a figura Bram Sroker, o criador de Drácula. No seguimento da
história, inúmeras peculiaridades do melhor detetive são descritas por um
médico medíocre.
Na separação-ligação
entre a realidade e a ficção, o autor produz o efeito de uma enorme confusão
entre autores e personagens, obrigando o leitor a concentrar-se, para não se
desorientar em termos cronológicos e espaciais. Para leitores que não estejam
habituados a livros com esta organização, mas que estejam dispostos a ser sujeitos
a tal desafio, aconselha-se este livro, porque proporciona agradáveis horas de
entretenimento. É elementar, queridos
leitores!
Texto 7,
Mariana Lopes Almeida, nº 16, 11 A2, 30
de janeiro de 2017