30/01/2017

LER E APRECIAR

O Homem Que Matou Sherlock Holmes
Autor: Graham Moore
Editora: Suma de letras
1ª edição: julho 2016
Páginas: 448
Género: Romance policial
Preço: 19,50€

          Foi o primeiro romance de Graham Moore, escritor de sucesso e realizador,cujo guião de O Jogo da Imitação, para além de ter vencido um Óscar para melhor guião adaptado, foi nomeado para um BAFTA e um Globo de Ouro. Moore cruza uma investigação em Nova York, em 2010, com um ambiente lindamente descrito na era vitoriana, em Londres.
          É um thriller inteligente, emocionante e revelador dos notáveis contos de Sir Arthur Conan Doyle que têm Sherlock Holmes como figura central. Revela-se um ótimo exemplo da literatura policial que volta em força para mais um dos muitos misteriosos casos de Sherlock Holmes, que se revela como um ‘’adereço’’.
          Traduzido em 15 línguas, e objeto de enormes elogios por parte do público e crítica, O Homem Que Matou Sherlock Holmes tem tudo para ser lido com um enorme entusiasmo para entender e descobrir como é que o autor interliga as duas linhas temporais tão distanciadas mas unidas no intervalo de tempo em que Arthur Conan Doyle ‘’mata’’ Sherlock Holmes nas cataratas suíças em O Problema Final, e o seu regresso impressionante que deixa Arthur ansioso.
           É nos Alpes que se inicia a narrativa, com o homem que mata o querido Holmes; o resto é uma incógnita, transformada em duas, pois estes dois mistérios decorrem em paralelo, aproximando-se e desenvolvendo-se à medida que a história evolui, e em que reaparece a figura Bram Sroker, o criador de Drácula. No seguimento da história, inúmeras peculiaridades do melhor detetive são descritas por um médico medíocre.
          Na separação-ligação entre a realidade e a ficção, o autor produz o efeito de uma enorme confusão entre autores e personagens, obrigando o leitor a concentrar-se, para não se desorientar em termos cronológicos e espaciais. Para leitores que não estejam habituados a livros com esta organização, mas que estejam dispostos a ser sujeitos a tal desafio, aconselha-se este livro, porque proporciona agradáveis horas de entretenimento. É elementar, queridos leitores!

 

Texto 7, Mariana Lopes Almeida, nº 16, 11 A2, 30 de janeiro de 2017



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