Há ícones culturais que não precisam de palavras significantes para expressarem o significado, mesmo sem a semiótica Saussurriana.
Aqui está representada uma tumba e convém não nos desagradarmos muito por quem debaixo dela mora agora.
Até
porque, com o exemplo dos outros, que foram passado e só memória são, vamos
antevendo o nosso, talvez sem passado de remonta e falida memória. Mas ainda cá
estamos!
Sinais
dos tempos. As urbes artificiais desapareceram, e não restou alternativa ao
engenho e arte de procurar o deserto para depositar os que já não têm préstimo.
Restou um sinal muito ténue de humanidade (humanista?), preservando o que já
não vive, de coiotes e outros animais de rapina. Porque desses, há agora
muitos….
No
entanto, não pensem que podem escapar à mentira humana. Será aquilo um cenário
hollyoodesco? Será mesmo uma lápide em homenagem a alguém sem nome?
E
se for o esconderijo para um psicopata manter em ‘vida artificial’ as suas
vítimas? Andará Haniball à procura de Clarice?
Não
se deixem enganar, quando prestam homenagem ao Soldado Desconhecido, há uma
lamparina e marchas e homens hirtos que nos olham fartos de ali estar (cá fora,
entenda-se…).
Consta
que Jesus, quando estava aborrecido dos homens ia até ao deserto. Orava,
pensava, com certeza.
Consta
que I. Kant quis ter em si a Lei Moral e, por cima de si, o céu estrelado.
O
céu aqui está, não se vêm estrelas, mas para que queremos a imaginação?
Foto: Prof. Osvaldo Castanheira
Texto: Maria dos Anjos Fernandes
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